O antissemitismo “bom” e “mau”

Надрукувати
Категорія: Новини , Україна
Створено: 20 січня 2013 Дата публікації Перегляди: 1748

Dado todo o alarido à volta do partido ucraniano VO Svoboda (Liberdade), é interessante analisar a diferença entre o antissemitismo “bom” e “mau”…

Por exemplo, no dia 2 de novembro de 2012, uma das principais faces do Partido das Regiões da Ucrânia, a deputada Inna Bohoslovska, acusou publicamente os judeus alemães de colocar o Hitler no poder.

As suas palavras foram: “… por acaso, o Hitler foi levado ao poder pelos judeus e intelectuais”.

Recentemente, o “Centro Simon Wiesenthal”, colocou VO Svoboda na lista dos “10 maiores Insultos antissemitas / anti Israel de 2012”, em frente dos gregos da “Aurora Dourada” e dos húngaros do “Jobbik”.

Mas afinal, o que foi que Oleh Tiahnybok disse na realidade?

Em junho de 2004, discursando num comício, o deputado disse: “Aqueles jovens e vocês, de olhos grisalhos, é a mistura que é mais temida pela máfia moscovita-judia, que hoje manda na Ucrânia”.

A imprensa polaca ou checa fala mais que livremente sobre a alegada máfia ucraniana, embora “os ucranianos” por eles referidos, não raramente possuem apelidos como Alialedinov, Abdurakhmanov, Djioev, Tracescu ou Ivanov. Já os políticos ucranianos, parece que não podem falar sobre a máfia russa-judaica. Embora Semion Mogilevich não é um mito e não são a mentira os 100.000 USD, que FBI oferece pela informação que poderá levar à sua captura… Como podemos ver, duas afirmações sobre a mesma matéria, tiveram duas reações bem destintas. A afirmação datada de 2004 contínua levar à uma histeria coletiva, até internacional, sem precedentes, uma afirmação de 2012 ficou simplesmente ignorada. A Europa, Israel, o “Centro Simon Wiesenthal”, os políticos e ativistas sociais que advogam a crucificação da VO Liberdade, fazem de conta que deputada do Partido das Regiões não disse nada. E mantêm o silêncio absoluto sobre o assunto, escreve o jornalista Serhiy Hrabovskiy.

Mas ainda podemos ver o caso da Polônia, onde recentemente, no dia 11 de novembro, o presidente Bronislaw Komorowski, disse que irá pagar o tributo ao Józef Piłsudski e Roman Dmowski, pois estes dois estadistas devem ser lembrados pela sua luta por uma Polônia independente.

O jornal da comunidade ucraniana da Polônia, Nasze Slowo, recorda que Roman Dmowski é considerado como “principal ideólogo do nacionalismo polaco. Dmowski não escondia a sua admiração pelo movimento fascista, oficialmente elogiava Mussolini, apoiava o movimento antissemita na Polônia”. O tributo público ao Dmowski significa que Polônia opta por não reparar nas “manchas castanhas” das biografias dos seus heróis, costumando demonizar os ucranianos Stepan Bandera e Dmytro Dontsov. Esquecendo que eles também lutaram pela mesmíssima independência, apenas de um outro país, escreve o jornalista Hryhorij Spodaryk.

Lembramos que estadista polaco Roman Dmowski (1864 – 1939) defendia a criação de estado polaco uni-nacional e a polonização forçada das minorias étnicas. Antissemita e social-darwinista, Dmowski chamava sionismo de “cloaca”, acusava os judeus de serem “os inimigos mais perigosos da Polônia” e advogava a emigração de toda a população judaica fora da Polônia, como a maneira de resolver o “problema judaico”.

Como podemos ver, os “pesos e medidas” desiguais estão bem presentes na retórica política, quando objetivo principal é atingir e descriminar os movimentos e políticos que lutam pele soberania e independência da Ucrânia.

{module mod_knopka_comments}